27/02/2007


A roda viva de um destino que joga aos dados com os nossos corações...


Dá vontade de rir, não dá? Falamos em corações como o cerne de uma vida que parece só pretender bombear sangue ao corpo e esquecer a alma que a mantém consciente. Que só bate controlado pelo sistema nervoso central que ninguém lembra, que funciona numa filosofia estóica para nos fazer funcionar, para nos fazer lembrar as coisas importantes e as coisas frívolas, para nos fazer existir independentes da longitude do Sol… como vegetais… como vegetais que não somos e que não queremos de modo algum vir a ser.
Sabes o que eu acho disto tudo? Acho que um dia hei-de provar que alma é química. Sim, química… Como o instinto que te roubaram. E depois o Mundo vai dizer que sou louca e não me aceitará mais. As minhas ideias serão peregrinas de um Universo de crenças e certezas totalmente novo, a germinar talvez numa era distante, preparada para topar e respeitar que não existem fantasmas. Pelo menos maus fantasmas. E que são vontades isso que faz voar Passarolas e doenças o que nos torna más pessoas, pesadas de sonhos mal instruídos e perdidas nos caminhos empoeirados de um sistema nervoso mal usado... E quando assim for, quando eu te puder provar que a minha, que a tua e as nossas almas são todas elas químicas, tu vais recuperar esse instinto perdido e reaprender que os fantasmas não existem. E vais conseguir esquece-los, pôr sobre eles uma pedra e seguir em frente. Feliz. E acompanhado por nenhuma memória vã, mas pelo Hoje que te há-de guiar e realizar.



“Carpe diam”, diria eu… se acreditasse nisso…

7 comentários:

Anónimo disse...

E porque não deves acreditar, Bea?
Outro texto de excelência.
Beijos

Anónimo disse...

Gostei do texto...
Prefiro acreditar que as almas não são e nunca serão quimicas...
Que continuem a ser um engima...
*

Abssinto disse...

Tu e a química! É preciso seguir estupidamente em frente. Sofremos menos se pensarmos menos. bj

Anónimo disse...

Hoje começei o dia como um novo dia caríssima e queridíssima prima, cara e querida são coisas distintas, como dear e darling:)
Sabes, não foi propriamente começar do zero...Assim pensava ontem, quando achava que o Mundo tinha acabado. Mas hoje,enquanto andei pelas ruas e me alimentei delas, para não pensar na tristeza, eu vi como todas as coisas estão cheias da minha alma, e a minha alma é feita disto: cheiro a pão, café, lugares, pessoas, lágrimas,memórias,risos,abraços,lugares, enfim, todo uma combustão de química, um esoterismo que resulta naquilo que todos dizem que é um mistério. prefiro acreditar que existo:)
beijinhos e abraço

Anónimo disse...

Eu não sei falar de corações. Talvez porque não percebo nada de química. Mas também sei o que é pensar demais...

Beijinho grande*

Supremus Dies disse...

Hum... ora aqui estão palavras uteis!
Pessoalmente, já me havia esquecido do coração e do seu trabalho e considero que... não posso nem devo dar demasiada importância ao mecanismo que me tem realmente dominado e catalisado.
Acho que tou a precisar fumar uma dessas drogas leves.
Quem me dera poder dormir durante 1 ano inteiro e acordar na ignorancia absoluta.

maria. disse...

eu não queria ter um coração.