13/11/2006



Saberei sempre quão longe consigo estar. Tal a roleta de uma vida que aponta o decurso aleatório dos dias da forma mais simples. Confio que perto, demasiado perto, existirão sempre respostas. E que no intervalo das horas, dessas horas inclusas no tempo da minha, da nossa história, existirão sempre novos prenúncios, sempre novas vontades.
E depois – tu sabes –, sobrevoou na medida dos dias, o destino que construí de uma hipótese. Faço dele a implacabilidade de uma certeza; e depois, no imediato que procede a vontade, sou afinal, aos teus olhos, apenas mais uma, confiante em tiros no escuro. Eu por cá, achar-me-ei sempre entregue de alma nos objectos de culto, nas forças magnéticas das paixões servis, nos espaços em que os poetas escondem os Verões e os formatos de amor que ficaram por revelar.
Pode ser que um dia acorde com o destino traçado. E que, então, as decisões se adiem indefinidamente, e que decorram sem consequências, sem pressa, sem rubor. Que fujam numa inútil procura de um ponto no tempo em que seja segredo o vem a seguir. Em que, de mão em mão, se sucedam memórias, mas nunca futuros.

2 comentários:

José Pires F. disse...

Claro, as memórias que nos acompanharão ao longo da vida e que contribuirão para traçar (fazer) o nosso destino.

Minha boa e ausente amiga.
Não querendo revelar mais do que me é permitido, enviei convite para o teu antigo e-mail. Preciso de saber se ainda o lês e, em caso afirmativo, se estás receptiva tanto na participação, como na divulgação do novo blog.
Neste último caso, em que condições gostarias que fosse feito.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Amiga porque nao continuas a escrever que passa...