23/11/2006

Red Woman Red Umbrella

Sei que sim. Que o universo das coisas é demasiado grande para me inteirar de todo ele. Que o vagar dos dias às vezes pesa muito mais que a pressa de o encontrar. E que quando o encontro, registo palavras que chegam por ecos até onde nunca pensei que coisa alguma conseguisse chegar.
Abri o guarda-chuva novamente. Mesmo sem chover, far-me-ia lembrar que ainda é Novembro, não ainda tempo de celebrar o aniversário de coisa alguma. E enquanto é Novembro, também o tempo de me encostar ao recorte justo das avenidas se perde. Ficam sensações estranhas. Um remar incontornável, que nem contra a corrente consegue ser, porque se rejeitaram todas as filosofias. É um remar parado, sobre o qual não se vê mais ninguém, sequer uma indicação a dizer “final da viagem” ou “estação de serviço”. E enfim não entendo se disse de mais ou de menos. Se hoje ainda faria diferença tentar remendar algo feito, sem saber bem por onde devesse começar. Pois hoje sei apenas que o universo das coisas é demasiado grande. E que se disse sim, não sei até que ponto a única alternativa teria sido apenas um “não”. Pois no vagar que os dias têm de entre toda essa pressa que levam, tudo pesa muito mais. Tudo nos vem de repente à memória, questionando cada escolha, cada caminho, cada meta.

3 comentários:

Anónimo disse...

Amiga, que ausencia tan marcante, hecha para tras tanto dolor y vive el presente. Tambien tiene cosas muy bellas...disfrutalas.No te quedes pegada la propria palabra es clara, es pasado.

Anónimo disse...

Estamos condenados a uma insustentável leveza do ser...

Beijinhos*

Anónimo disse...

Este blog é dos meus. Vou-te por em lista, para cá voltar mais depressa:)

Parabéns
beijo