
Eu não sei o que me dói mais. Se este estado já tão missionário de felicidade estanque, se esta tua semi-ausência na minha vida, se este teu coração a querer ser o lugar quente que eu procuro julgando reconhece-lo como reconhecia a espécie de amor-cão que ele tinha para me dar.
Como se ele tivesse coisa alguma para ser dada… Ainda que às vezes eu goste de acreditar nisso, quando é de um corpo que eu sinto falta e não da tua voz. Tão simples quanto isso. Ele era o comprimento de uma saia que caía ao chão num instante. E ao cair, éramos dois a misturarmo-nos na mentira de entreter os dias pelos motivos errados. Depois vinha sempre o silêncio, um vazio em profundidade a prender-me à cama, a pele a arrefecer novamente, a alma a questionar-se, o corpo a não reconhecer mais as vontades que o moviam. E depois… num gesto de insensibilidade, ele olhava-me e tirava-me o cabelo dos olhos. Talvez procurasse ver-me a chorar por dentro, como quem agradece e lamenta simultaneamente. E ao olhar-me, sugava-me com os lábios a textura limpa das pálpebras que só viam o que o coração sentia. Como se o coração pudesse alguma vez sentir coisa alguma…
Enfim… sobra sempre qualquer coisa para que remoamos na ausência dos que vêm nas primeiras linhas da nossa lista de afectos. É psicológico, não emocional. E um dia ainda hei-de provar que será químico e matemático também. Por agora… não sei onde dói mais. Talvez no facto de não haver mais espaços para que eu te conte tudo, absolutamente tudo, de que me arrependo. E a vida não nos devia ter dado tempo para estas coisas…
Hoje sinto a falta dele. Não a tua.
Como se ele tivesse coisa alguma para ser dada… Ainda que às vezes eu goste de acreditar nisso, quando é de um corpo que eu sinto falta e não da tua voz. Tão simples quanto isso. Ele era o comprimento de uma saia que caía ao chão num instante. E ao cair, éramos dois a misturarmo-nos na mentira de entreter os dias pelos motivos errados. Depois vinha sempre o silêncio, um vazio em profundidade a prender-me à cama, a pele a arrefecer novamente, a alma a questionar-se, o corpo a não reconhecer mais as vontades que o moviam. E depois… num gesto de insensibilidade, ele olhava-me e tirava-me o cabelo dos olhos. Talvez procurasse ver-me a chorar por dentro, como quem agradece e lamenta simultaneamente. E ao olhar-me, sugava-me com os lábios a textura limpa das pálpebras que só viam o que o coração sentia. Como se o coração pudesse alguma vez sentir coisa alguma…
Enfim… sobra sempre qualquer coisa para que remoamos na ausência dos que vêm nas primeiras linhas da nossa lista de afectos. É psicológico, não emocional. E um dia ainda hei-de provar que será químico e matemático também. Por agora… não sei onde dói mais. Talvez no facto de não haver mais espaços para que eu te conte tudo, absolutamente tudo, de que me arrependo. E a vida não nos devia ter dado tempo para estas coisas…
Hoje sinto a falta dele. Não a tua.