
A roda viva de um destino que joga aos dados com os nossos corações...
Dá vontade de rir, não dá? Falamos em corações como o cerne de uma vida que parece só pretender bombear sangue ao corpo e esquecer a alma que a mantém consciente. Que só bate controlado pelo sistema nervoso central que ninguém lembra, que funciona numa filosofia estóica para nos fazer funcionar, para nos fazer lembrar as coisas importantes e as coisas frívolas, para nos fazer existir independentes da longitude do Sol… como vegetais… como vegetais que não somos e que não queremos de modo algum vir a ser.
Sabes o que eu acho disto tudo? Acho que um dia hei-de provar que alma é química. Sim, química… Como o instinto que te roubaram. E depois o Mundo vai dizer que sou louca e não me aceitará mais. As minhas ideias serão peregrinas de um Universo de crenças e certezas totalmente novo, a germinar talvez numa era distante, preparada para topar e respeitar que não existem fantasmas. Pelo menos maus fantasmas. E que são vontades isso que faz voar Passarolas e doenças o que nos torna más pessoas, pesadas de sonhos mal instruídos e perdidas nos caminhos empoeirados de um sistema nervoso mal usado... E quando assim for, quando eu te puder provar que a minha, que a tua e as nossas almas são todas elas químicas, tu vais recuperar esse instinto perdido e reaprender que os fantasmas não existem. E vais conseguir esquece-los, pôr sobre eles uma pedra e seguir em frente. Feliz. E acompanhado por nenhuma memória vã, mas pelo Hoje que te há-de guiar e realizar.
“Carpe diam”, diria eu… se acreditasse nisso…