
O que eu não contava era que tu um dia me viesses a amar assim. Tão veementemente. Eu sempre achei que ambos os dois amaríamos, por destino, com a indiferença dos homens lúcidos. Eu sempre achei que meditaríamos sobre todos os nossos passos em frente e sobre todos os nossos passos atrás. Eu sempre achei que nunca jamais te ouviria dizer as coisas que me dizes agora. Essas coisas que nunca se querem ouvir quando se ama de menos ou não se procura ser amado demais. O que eu sempre quis foi que me visses. Que entendesses e prolongasses este meu fascínio por ti. O que eu sempre quis foi que me soubesses dizer Não com o jeito autêntico dos egoístas e que me prendesses a ti pela ocasionalidade deste nosso segredo adiado.
O que eu sempre quis foi poder amar-te sem medo do tédio ou de um qualquer enfastiamento precoce. Sem medo dos teus olhos vidrados e das tuas mãos suadas. Sem cansaço para o teu peito, sempre necessitado de encosto. O que eu sempre quis, o que eu realmente sempre quis… foi que reparasses em mim. Que me visses quando passava por ti e combinava contigo um café para mais tarde. Quando me dizias que Não por mero desinteresse.
O que eu sempre quis e o que eu realmente queria… é que não tivessem havido momentos de solidão. Que tivesses notado mais vezes no meu penteado novo. Que me tivesses convidado para tomar café contigo todos os dias. O que eu realmente quis foi ter podido impressionar-te ao segundo ou terceiro sorriso.
Mas isso agora não tem volta. Aprendeste talvez o quanto custa amar sem retorno. Mas achaste por bem amares-me mesmo assim, de qualquer maneira. Perseguindo o meu rosto e os meus braços ainda brancos, contanto os minutos para que eu voltasse para ti, mesmo vinda do abraço de outro. Agora falas de um amor diário e com rotinas. Falas da necessidade de me ver. Falas de uma saudade que eu não sinto. Tu agora és diferente. E, curiosamente, eu também. Sou capaz de prender-te e, porém, de te deitar fora também.
O que eu sempre quis foi poder amar-te sem medo do tédio ou de um qualquer enfastiamento precoce. Sem medo dos teus olhos vidrados e das tuas mãos suadas. Sem cansaço para o teu peito, sempre necessitado de encosto. O que eu sempre quis, o que eu realmente sempre quis… foi que reparasses em mim. Que me visses quando passava por ti e combinava contigo um café para mais tarde. Quando me dizias que Não por mero desinteresse.
O que eu sempre quis e o que eu realmente queria… é que não tivessem havido momentos de solidão. Que tivesses notado mais vezes no meu penteado novo. Que me tivesses convidado para tomar café contigo todos os dias. O que eu realmente quis foi ter podido impressionar-te ao segundo ou terceiro sorriso.
Mas isso agora não tem volta. Aprendeste talvez o quanto custa amar sem retorno. Mas achaste por bem amares-me mesmo assim, de qualquer maneira. Perseguindo o meu rosto e os meus braços ainda brancos, contanto os minutos para que eu voltasse para ti, mesmo vinda do abraço de outro. Agora falas de um amor diário e com rotinas. Falas da necessidade de me ver. Falas de uma saudade que eu não sinto. Tu agora és diferente. E, curiosamente, eu também. Sou capaz de prender-te e, porém, de te deitar fora também.