
23h00. Tenho a casa vazia, a sensação de que me falta tudo, que um mundo melhor ficou lá fora quando eu resolvi fugir para aqui. Ando de trás para a frente à procura de um interruptor que mude o curso dos dias, à procura de vida nas divisões fechadas à chave. Não sei para onde foram as pessoas que foram embora. Não sei para onde foram as pessoas que foram embora sem mim.
02h00. Viajo de lugar em lugar. A internet é um mundo demasiado extenso onde cabem todas os vícios que eu poderia ter. É fatal. Já vi todas as fotos que tirámos juntos, já li o blog inteiro, já ouvi todas as músicas que me poderiam magoar, já remoí todas as memórias más. Estou entre a parede e a inércia. Bloqueada no meu próprio cemitério, onde se encaixotaram os fantasmas, as perseguições, os medos.
03h00. A certa altura, nesta noite que aparentemente nunca vai acabar, acabei por adormecer. De olhos inchados, boca seca, cabeça dormente. Só quero não acordar nunca mais. Não sei o que se passa. Os meus sonhos já não são corridas contra o tempo, mas causas perdidas. Mas consequências daquelas noites impetuosas em que tudo se podia dizer e de repente eramos reféns dos nossos instantes de tristeza.
08h30. Acordei e adormeci novamente. Seria fácil dar um empurrão à própria vida, dizem. Bastaria talvez ter deixado o despertador tocar até ser forçada a seguir em frente. Quem me dera perceber onde tudo isto me leva e parar a tempo. Quem me dera perceber de onde veio isto tudo. Quero continuar a dormir.
02h00. Viajo de lugar em lugar. A internet é um mundo demasiado extenso onde cabem todas os vícios que eu poderia ter. É fatal. Já vi todas as fotos que tirámos juntos, já li o blog inteiro, já ouvi todas as músicas que me poderiam magoar, já remoí todas as memórias más. Estou entre a parede e a inércia. Bloqueada no meu próprio cemitério, onde se encaixotaram os fantasmas, as perseguições, os medos.
03h00. A certa altura, nesta noite que aparentemente nunca vai acabar, acabei por adormecer. De olhos inchados, boca seca, cabeça dormente. Só quero não acordar nunca mais. Não sei o que se passa. Os meus sonhos já não são corridas contra o tempo, mas causas perdidas. Mas consequências daquelas noites impetuosas em que tudo se podia dizer e de repente eramos reféns dos nossos instantes de tristeza.
08h30. Acordei e adormeci novamente. Seria fácil dar um empurrão à própria vida, dizem. Bastaria talvez ter deixado o despertador tocar até ser forçada a seguir em frente. Quem me dera perceber onde tudo isto me leva e parar a tempo. Quem me dera perceber de onde veio isto tudo. Quero continuar a dormir.